"Tofu", "seitan" e "kefir" são palavras que se tornaram banais no vocabulário de muitos portugueses. O mercado de alimentação vegetariana está em expansão, mas o interesse dos consumidores por estes produtos nem sempre é acompanhado pela diversidade de oferta.
Tiago Sousa, director comercial da Provida, a empresa de alimentação vegetariana mais antiga do país, salienta que a procura por este tipo de produtos alimentares tem crescido nos últimos anos, sobretudo nas grandes superfícies. Mas a oferta dos supermercados ainda é escassa e pouco diversificada. "As lojas especializadas têm mais espaço e conseguem ter mais produtos", compara. A Provida produz e comercializa os "dois principais pilares do vegetarianismo", tofu (queijo de soja) e seitan (derivado de glúten), bem como produtos transformados à base destas matérias-primas .Os vegetarianos são apenas um dos públicos-alvo daquela empresa, já que "há um forte interesse por parte dos não-vegetarianos", de "pessoas que apostam na diversificação da sua dieta alimentar e reconhecem os benefícios de não comer tanta carne", reconhece Tiago Sousa. "Depois há os convictos, os verdadeiros vegetarianos, mas este é um nicho de mercado muito mais pequeno", especifica. "Ainda há quem pense que esta é uma alimentação esquisita, sem sabor. É preciso desmistificar estas ideias, porque se estes alimentos forem bem cozinhados são tão saborosos como os outros", defende.
A Ad Naturam é a mais recente empresa a entrar neste mercado e aposta no fornecimento destes produtos para hotéis, restaurantes e catering."A hotelaria e a restauração convencional já não podem dispensar esta alternativa, há muitos clientes que o exigem", justifica o director administrativo da empresa.
Gil Monsaraz acredita que as grandes superfícies já se aperceberam deste potencial e que o mercado vai continuar a crescer. "Sei que já há grandes superfícies que procuram produtores para lançarem marcas próprias", adianta. Mas a falta de conhecimentos sobre a maneira de confeccionar estes alimentos, sobretudo por parte dos não-vegetarianos, ainda trava a sua comercialização."Às vezes as pessoas compram tofu ou seitan, mas depois [os pratos] não resultam bem porque não sabem cozinhar", reconhece Gil Monsaraz. O projecto da Ad Naturam é ambicioso e passa pelo cultivo de soja "para consumo próprio da fábrica", acrescenta."É a alimentação do futuro", resume este vegetariano há dez anos e pai orgulhoso de filhos que "nunca comeram animais". Ireneu Vicente concorda que a adopção deste regime está actualmente muito facilitada. "Hoje em dia só não é vegetariano quem quer", considera o representante da Associação Vegetariana Portuguesa.
Cristina Rodrigues, do Centro Vegetariano, partilha desta opinião, e lembra que "agora a maior parte dos hipermercados tem produtos vegetarianos". O interesse também se manifesta através do boom de restaurantes vegetarianos, alimentados pelos não-vegetarianos, e da procura de cursos de culinária específicos. Mas, se em Lisboa e no Porto é possível encontrar produtos e serviços dirigidos a estes consumidores, fora dos grandes centros urbanos não é fácil encontrar alternativas.
Num inquérito online do Centro Vegetariano, 52% dos inquiridos consideraram que a oferta de produtos vegetarianos em supermercados é "insuficente" e 63% disseram o mesmo da oferta disponível na Internet. Só no caso das lojas especializadas a diversidade de produtos satisfazia os inquiridos.
Uma ótima notícia, apesar de ainda não termos muitas opções. As pessoas tem que deixar o preconceito de lado e abrir suas mentes para o avanço do mundo. O preconceito é tamanho que muitos não querem nem se informar um pouco mais sobre o assunto.
Pessoal, vegetarianismo não é brincadeira nem modinha! Vegetarianismo é coisa séria, afinal, trata-se de salvar vidas! Se no planeta Terra existissem nações de montros enormes que se alimentassem de seres humanos e alguns deles optassem pelo vegetarianismo, nós não acharíamos isso ótimo? Pois então! É assim que se sentem os animais. Eles não existem para nos servir, não foram criados para serem comida, eles tem seus próprios propósitos! Se não fosse assim eles não teriam sentimentos, não teriam instintos para se defender, seriam apenas pedaços de carne andantes!!
Me assustei quando um amigo me disse há alguns dias que sofria muito preconceito por ser vegetariano e que as pessoas dizem que vegetarianismo é coisa de gente fresca! Sinceramente, isso é um absurdo! Preocupar-se com a vida, com o sofrimento dos animais é coisa de gente fresca? Se é então vamos começar a jogar ácidos nas pessoas, jogar lixos extremamente tóxicos nos lares dos outros, jogar crianças em rios poluídos, vamos estraçalhar a humanidade!! Isso não seria coisa de gente fresca, seria?
Sim! Eu comparo seres humanos aos animais, sem nenhum problema, afinal, todos temos sentimentos, sentimos dor, temos fome, sede, frio, sentimos alegria ou tristeza, sentimos falta de alguém ou de algo. Não podemos dizer que eles são diferentes de nós apenas por não saberem expressar seus pensamentos através de palavras, ou porque eles tem pelos ou penas, ou escamas, andam com as quatro patas no chão, e etc. Desse modo poderíamos discriminar pessoas mudas, por não saberem expressar suas ideias através da fala. Ou poderíamos dizer que o paraplégico não é gente, afinal ele não anda sobre os dois pés, como nós! Ou poderíamos dizer que os negros não são gente também, afinal a pele deles é diferente da nossa...
Repense seus conceitos... Não mate para se alimentar, você não precisa disso, só o faz pelo prazer de saborear a carne... mas você realmente não precisa disso.
Vou encerrando por aqui, na esperança de ter tocado na consciência ou no coração de alguém...
Obrigada pela visita, volte sempre! ;]