Se nunca ouviu falar disso, é bom saber!
Este é um método que, apesar de ainda pouco popular no Brasil, tem se mostrado muito eficiente e já é muito utilizado no exterior. Em São Paulo, a lei 14.483 estabelece desde 2007 que todo pet shop somente poderá comercializar cães e gatos com chip localizador instalado no corpo.
Trata-se de um microchip e uma antena selados em uma cápsula hermética (fechada perfeitamente), feita de material biocompatível (geralmente de biovidro cirúrgico). O microchip pode variar de tamanho, indo de menos de 1 cm até 3 cm, dependendo da marca do produto. O de tamanho médio tem aproximadamente o tamanho de um grão de arroz.
O microchip é implantado embaixo da pele do animal com o uso de uma seringa esterilizada apropriada, o que o torna praticamente a mesma coisa que uma injeção, com a diferença de que, ao invés de líquido na seringa, há um microchip. Geralmente é implantado atrás do pescoço do animal, entre as omoplatas, como mostra a foto abaixo. Há empresas que usam uma cobertura compatível patenteada para promover a união entre o tecido fibroso e a cápsula do microchip para evitar a migração (evitar que o microchip mude de lugar com os movimentos do animal). O sistema usado pelos microchips funciona através de radiofrequência, a mesma usada por telefones celulares, e são conhecidos como identificação de radiofrequência (RFID).
Depois de implantado, ele pode ser "lido" usando-se um dispositivo de varredura (scanner). O scanner emite um sinal de rádio de baixa freqüência, ativando o microchip. O microchip então envia um número de identificação único de volta ao scanner. Após a decodificação das informações, o scanner exibe o número em seu display de LCD. O número é então inserido em um banco de dados, juntamente com as informações de contato apropriadas. Não é um GPS propriamente dito, é mais um localizador de código, o qual será verificado posteriormente através do site para obter as informações do animal e localização.
O microchip não armazena as informações do animal ou endereço do dono, apenas um código único, como se fosse o número do RG do animal, que será captado pelo scanner e inserido no site, e lá sim estarão as informações do animal e do proprietário. No Brasil existe um banco de dados onde o médico veterinário que implantou o microchip cadastra as informações do animal. Caso queira visitar, o endereço eletrônico é http://www.abrachip.com.br/
Ele não possui bateria e fica inativo a maior parte do tempo, sendo energizado apenas quando recebe um sinal enviado pela leitora. Após a aplicação, permanece com o animal por toda sua vida. Sua durabilidade é o tempo em que o biovidro demora em se decompor, ou seja, mais de 100 anos.
Pesquisando sobre o assunto, ao constatar que o microchip usava radiofrequência e geralmente é implantado próximo à nuca do animal, fiquei pensando se a radiofrequência poderia trazer algum dano ao cérebro do animal. Depois de muita procura, concluí que não traz danos ao cérebro do animal por dois motivos:
1º - O microchip não fica ativo o tempo todo. É ativado apenas quando o scanner requisita as informações do microchip, ou seja, somente quando o dono do animal solicitar a utilização do scanner para encontrar o animal perdido ou para avaliar os dados do animal.
2º - Recentemente um grupo de pesquisadores americanos publicou um estudo sobre os efeitos da radiofrequência dos telefones celulares no cérebro humano. O estudo demonstrou um aumento em torno de 7% no fluxo sanguíneo cerebral, principalmente nas regiões inferiores e anteriores do cérebro, localizadas próximas à antena dos celulares, sugerindo que a absorção das ondas de radiofreqüência pode aumentar a excitabilidade do tecido cerebral. No entanto, o mecanismo pelo qual a radiofreqüência afeta a atividade cerebral permanece incerto. Como a frequência usada pelos microchips é mais baixa do que a utilizada pelos telefones celulares, e é ativada poucas vezes, podemos concluir que a radiofrequência usada pelo microchip não afeta a atividade cerebral do animal. Portanto, pode ficar tranquilo, seu cãozinho não vai ter nenhum problema de saúde por causa do microchip, nem pela radiofrequência e nem por alguma alergia ao material da cápsula, pois o material utilizado é biovidro, liso e biocompativel, não havendo, portanto, possibilidade de alguma reação do sistema imune.
Mas atenção, somente um médico veterinário deve fazer a aplicação do microchip!
Seu animalzinho pode ser microchipado logo que completar 10 dias de idade ou juntamente com a terceira dose da vacina Múltipla, ou seja, aos 3 meses de idade. Não é necessário e nem recomendado que ele seja anestesiado para o implante do microchip, afinal, o processo é o mesmo de uma simples injeção subcutânea. Sendo assim, ele não vai sofrer dor maior do que a picadinha de uma agulha de vacina.
Para microchipar seu animal é só ir a uma clínica veterinária que forneça os serviços, onde o preço será determinado pelo profissional. Os centros de zoonoses (CZZ) de algumas cidades já microchipam gratuitamente, sendo necessário que você verifique se em sua cidade este serviço já é prestado.
A microchipagem do animal não traz dano nenhum à saúde dele, apenas benefícios! Se um dono irresponsável abandonar seu animal já microchipado e este for encontrado e avaliado, será possível encontrar o dono e tomar as medidas adequadas em relação a este. Ou se o seu animalzinho fugir ou for roubado, poderá ser localizado facilmente através do microchip, além de ser muito mais fácil provar que o animal tem as vacinas em dia em caso de você precisar fazer uma viagem e levá-lo consigo.
Não são somente cães e gatos que podem ser microchipados. Cavalos, aves, peixes, roedores, répteis... ou qualquer outro animal de estimação que você possua e queira microchipar.
A microchipagem é um passo a mais na posse responsável. Mostre que você ama seu amigo e não quer perdê-lo de vista!
Obrigada pela visita! Volte sempre! =)
