domingo, 14 de novembro de 2010

Uso de animais vivos nas universidades




No Canadá foram proibidos o uso de animais em testes laboratoriais nas universidades, que agora terão que recorrer a métodos alternativos como simuladores humanos.

Segundo John Pippin, da PCRM (sigla em inglês de Comitê de Médicos pela Medicina Responsável), o Canadá eliminou completamente o uso de animais vivos em laboratórios das faculdades; este deve ser um sinal claro para as poucas faculdades de medicina dos EUA que ainda utilizam estes procedimentos desumanos e nada educativos. O exemplo deve ser seguido pelas faculdades dos EUA eliminando completamente a ultilização de animais e abraçando o verdadeiro futuro da educação médica.

No Canadá estão, portanto, abolidos os métodos científicos cruéis, privilegiando-se alternativas que não envolvam a tortura nem a utilização de outras espécies e substituindo a experimentação animal por simuladores humanos.

A fonte desta notícia é o site EcoAgência.

Em meu curso de Medicina Veterinária me deparei com um professor que, no seu primeiro dia de aula conosco, fez questão de relatar aos alunos uma cruel vivissecção que fizera em um rato em outra universidade. Dizia ele que o técnico do laboratório que ficou encarregado de preparar a sala para a aula se enganou na concentração do éter, preparando um mais fraco que o necessário. O resultado disso foi que o rato usado na vivissecção não estava adequadamente sedado e, consequentemente, sentiu todo o procedimento que nele era realizado. Este professor alegou que percebeu o erro e precisou deixar o rato respirando o éter o tempo todo durante o procedimento, com a cabeça dentro do frasco.

Se em todas as aulas que um professor der for necessário que os alunos vejam uma vivissecção, porque não usar de métodos modernos como uma filmagem? Assim apenas um animal seria sacrificado e ficaria gravado todo o procedimento em vídeo, sendo desnecessário o uso de mais ratos.

Sou totalmente contra vivissecção, afinal a medicina e a tecnologia estão tão avançados que hoje em dia não se faz mais necessário o uso desses métodos cruéis e medievais. No entanto muitas universidades ainda insistem em utilizar animais vivos para experimentos. Há um meio de não participar dessas aulas, fazendo um pedido de objeção de consciência, onde o estudante se recusa a participar de aulas que se utilizem animais vivos. É uma carta onde o estudante explica por quê não deseja participar de tais aulas usando de argumentos com base jurídica.

O modelo está no link a seguir Clique Aqui. É necessário apenas que se preencha os campos vazios de acordo com sua situação. Leia com atenção antes de entregá-lo a seu professor para se certificar de que trata de seus interesses.

O estudante não é obrigado a assistir aulas que firam seus princípios. Obrigá-lo a tal seria ferir com os direitos do mesmo, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Busquem pelos seus direitos e não se submetam aos métodos desumanos de algumas universidades! Vocês têm todo o direito de protestar, mas da maneira correta. Este pedido de objeção de consciência cai como uma luva! :D

E é isso, façam bom proveito!

Obrigada pela visita!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cães de exposições X Cinofilia


Para os leigos esta palavra pode parecer significar algo ruim, como pedofilia ou zoofilia, mas não é o caso.

Cinofilia (do latim cino - cães, e filia - afinidade) é o termo que indica o gosto por cães. Ou seja, uma pessoa cinófila é uma pessoa que adora cães, gosta de criá-los.

Mas a questão são as exposições de cães. Muitas pessoas tem maior adoração em ver seu luluzinho recebendo o prêmio de cão mais bonito, o melhor da raça e etc., e maior adoração ainda pela grana envolvida. Mas o que muitos desconhecem são os problemas que esses cães passam por conta dessas exposições. Claro que são belos os cães expostos, mas eles escondem imperfeições e coisas bizarras que nós, meros mortais, desconhecemos.

Um exemplo disso é o cão da raça King Cavalier Charles Spaniel (foto), que possui uma doença chamada Siringomielia, que é uma doença onde a caixa craniana do cão é menor que o seu cérebro, ou seja, é como se colocasse um pé tam. 40 num sapato tam. 35. Então pode imaginar a dor que o cão sente... Há também o exemplo do Pastor Alemão de exposições, suas patas traseiras não tem forças o suficiente para andar normalmente, e por isso eles andam desengonçadamente, tal o esforço que foi feito durante sua adaptação para posição "correta" adotada pelas exposições.

O fato é que os donos dos cães de exposição afirmam não se incomodar se seus cães apresentam tais problemas de saúde, contanto que estejam "dentro do padrão". Os filhotes de um cão campeão são muito mais valiosos, o que faz com que seus donos tirem várias e várias crias dele, mesmo tendo doenças genéticas graves. Para eles a beleza está acima de tudo, até mesmo da saúde e bem-estar de seu melhor amigo.... Isso definitivamente não descreve a cinofilia, descreve o egoísmo. Enquanto estão ganhando bem pelos ótimos prêmios que seus cães recebem, o mundo está todo azul, não importa se seu cão (no caso, escravo) está bem de saúde ou não. Estando bonitinho é o que importa....

No Youtube há um documentário que fala sobre as doenças desses cães, o documentário se chama Segredos do Pedigree e é dividido em 7 partes. É chocante, mas vale a pena assistir.
Para assistir ao documentário, segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=cpakSi010n4

Espero que depois disso as pessoas pensem bem mais antes de adquirir um amiguinho e estejam conscientes da probabilidade de o animal ter alguma doença genética. Mas isso não pode fazer com que as pessoas desistam de ter um cão, apenas que estejam mais conscientes do que pode vir...

Obrigada pela visita! :)